segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vinde a mim, ó, almas reencarnadas!

Por que as vezes nós temos a brilhante ideia de dar corda pras pessoas, pra saber o que elas vão dizer sobre determinados assuntos que nos são caros ou pessoas que conhecemos.
Por que as vezes a ideia é realmente brilhante. E desnecessária. Como o caso de hoje, que está me fazendo pulsar a gastrite.

Eu não fico enchendo a caixa de correspondência das pessoas com jornais espíritas, não bato na porta de ninguém pra falar de reencarnação, não ofereço folhetos explicativos sobre vidas passadas e muito menos fico menosprezando a religião alheia, que eu acho um lixo.
Isso mesmo, um lixo. Quando o assunto é religião, a alheia é sempre um lixo e absurda, e a nossa é sempre a certa. Discussão infinita, que não vai mudar nada nem levar a lugar algum. Começá-la é puramente perder tempo e o amigo.

Ora pois, o que eu acho pior é ficar negando folhetinhos, tirar livrinhos evangélicos da minha caixa de correspondência e colocar na do vizinho, ouvir Jesus Jesus Jesus pra lá e pra cá. E ficar quieta. Mas quando há uma referência a qualquer coisa mínima que seja espírita, que nem tem porquê ser mencionada, eu ouço um esculacho! Tem algo de errado nesse mundo, não tem?

Hoje eu tive a brilhante ideia de dar corda pra alguém e tive que engolir não só o comentário como também a ferida palpitante no meu estomâgo, pois não queria nem perder tempo nem o colega.

Mas se eu respeito aquela porcariada toda, o mínimo que eu poderia esperar é respeito de volta. Se você acha a religião alheia um lixo, eu também acho e, hello, você já ouviu algum comentário meu sobre o assunto? Não? Então cale a sua boca. Porque se eu fosse das suas, você já teria percebido. E se não percebeu nada, significa que deve ficar quieta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Mari.Eu entendo seu ponto e também muito raramente entro no território da fé com as pessoas. Esta foi uma das razoes que comecei a fazer como vc... escrever. Se há revolta ou insulto pela parte de quem lê, somos imunes a qualquer culpa. Ainda estou procurando o melhor a se fazer nestes casos.

Abracos