quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quotes

"Bueno, pues la soledad era eso: encontrarte de súbito en el mundo como si acabaras de llegar de otro planeta del que no sabes por qué has sido expulsada. (...) La soledad era una amputación no visible, pero tan eficaz como si te arrancaran la vista y el oído... "

"Cada uno de nosotros está en el lugar en el que se ha colocado a sí mismo."

"A veces pienso que la identidad es algo como precario, que se puede caer de uno como el pelo que se desprende cuando nos lavamos la cabeza (...) Por eso, no me atrevería a salir sola del hotel, por miedo a que al regresar no hubiera ninguna habitación a mi nombre (...). Entonces, telefonería a mi hija, pero tampoco existiría esa hija..."

La soledad era eso, Juan José Millás

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Livros

Há uns dias atrás eu estava entrando no shopping e peguei um pedaço de uma conversa entre pai e filha:

- ah, eu quero comprar
- não precisa comprar, você pega emprestado, lê e devolve
- mas pai, eu quero o meu, não quero emprestar!!
...

E me deu vontade de chegar no pai da menina e falar "helloo, meu senhor, a sua filha está pedindo pro senhor comprar CULTURA pra ela e o senhor está pedindo pra ela pegar emprestado?? Se ela tivesse pedindo o CD do Calipso você comprar, né??"

Ok, ok, emprestar também vale contanto que ela leia, blábláblá. Mas ela quer ter um livro só dela, pra ela poder fazer o que quiser. Eu me senti menos sozinha no mundo quando ouvi esse diálogo. Não consigo ler emprestado, quero comprar o meu livro, fazer anotações, colocar o que eu senti na hora que estava lendo, marcar as partes mais legais ou importantes, escrever o significado daquela palavra que eu não faço nem ideia do que raios quer dizer.. E quero ter pra poder colocar na estante no final, depois de escrever minhas iniciais e a data.

Hoje leio muito menos do que eu gostaria, mas continuo sempre comprando meu livrinhos, sejam eles grandes romances, leituras de banheiro ou mesmo simples guias de viagens. E minha estante vai ficando cada vez mais cheinha e bonita =)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Citação

"It seems to me that all the problems you worry yourself sick about never seem to materialize. It's the ones that catch you unexpectedly on a Wednesday afternoon that knock you sideways." (Alfie)

domingo, 5 de setembro de 2010

Explicando a origem da expressão "Vá brincar lá fora!"

Desde os tempos mais remotos, desde a época do “homem das cavernas”, a expressão “vá brincar lá fora” já era bem utilizada.

Acredita-se que ela tenha surgido por dois motivos: o primeiro refere-se àquele momento em que a cria atingia uma certa idade e o homem-das-cavernas-chefe-de-família passava a achar que a caverna já estava pequena demais para todos eles. O segundo diz respeito ao fato de que, nessa época, a cria não mais permitia que ele arrastasse a mulher das cavernas pelos cabelos pra lá e pra cá, reduzindo significativamente seu tempo de diversão – era tudo que ele gostaria de fazer para desestressar depois de caçar a janta.

Então, o homem das cavernas grunhia um “vá brincar lá” fora acompanhado de um gesto inconfundível e assustador que o ajudava a certificar-se de que a cria compreendera a mensagem. Com esse gesto, o homem das cavernas esperava que a cria pudesse encontrar algum elefante raivoso que pisasse em suas cabeças, ou um leão faminto e sedento de vingança por ter tido seus filhotes roubados e cruelmente assassinados visando a confecção de lindas mantinhas, ou ainda, uma macaca cujos filhos foram abruptamente retirados de si e que pudesse tomar os pequenos alheios como seus filhotes (aliás, foi de uma situação semelhante que se originou o filho Mogli, mas sem a parte da pantera que já estava farta de agüentar os filhos dos outros e sugeriu que o pequeno humano retornasse as suas origens, pois seria sarcasmo demais contar uma história dessas em forma de filme para crianças).

Mas isso simplesmente nunca acontecia.

Todos os dias, o homem das cavernas mandava os pequenos irem brincar lá fora, fazia travessuras com a mulher das cavernas enquanto eles estavam a sós, e era interrompido quando os pequenos tinham se cansado e retornavam com fome para o lar.

Com a evolução do ser humano, a desculpa para fazer a cria ir brincar lá fora foi sendo aprimorada: necessidade de socialização com a cria alheia, vitamina D, exercícios extremamente benéficos a saúde, sair da frente da TV para não estragar "a vista", etc..
E, desde então, o que era um grunhido inicial foi evoluindo para expressões como “vá brincar lá fora e tomar um pouco de sol”, ou “nossa, filhinho, você está tão tristinho aqui dentro de casa, vá brincar lá fora com os seus amiguinhos”.

Mas desde a época da caverna, o motivo nunca mudou: deixar os pais em paz por alguns preciosos minutos e trazer a lembrança de um tempo que não voltará nunca mais – e ir incomodar os vizinhos e estragar o jardim das cavernas alheias (pois afinal, eu já agüento isso tudo em tempo integral, então é claro você consegue agüentar uns minutinhos, umas horinhas, só um pouquinho e me dar um descanso, né???).

A única coisa que mudou foi o cenário: hoje em dia os pequenos não enfrentam leões, nem elefantes, nem macacas; hoje em dia eles enfrentam sequestrados de crianças, motoristas embriagados e balas perdidas – se essa história se passar em certos pontos do Rio de Janeiro.

Como se vê, desde sempre os pequenos foram abençoados com um anjo da guarda mais poderoso para os protegerem dos perigos de “brincar lá fora” e os levarem até a idade adulta, para que possam continuar perpetuando a espécie e mandar sua própria cria ir brincar lá fora, e finalmente entender o que seus pais queriam com isso.

domingo, 18 de abril de 2010

só depende de você

só depende de você que o palhaço seja engraçado, que o filme emocione, que a viagem seja interessante, que a vida seja boa, que a comida esteja apetitosa, que a bebida lhe caia bem e que este rapaz sentado ao seu lado seja o grande amor da sua vida.

é de sua inteira responsabilidade ser íntegro, honesto, bem-humorado.
assim como manter a calma nas horas difíceis e saber o que falar e quando falar.

só depende de você sair do buraco no qual você se enterrou.
só depende de você acender a luz que você mesmo apagou.

sábado, 3 de abril de 2010

hoje é sábado
amanhã é sábado
depois de amanhã é sábado...

p.r.e.g.u.i.ç.a.i.n.f.i.n.i.t.a.d.o.m.u.n.d.o.

=)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

chile

Qual surpresa não tive hoje quando entrei na página do UOL e me deparei com a notícia: terremoto de 8,8 graus atinge o Chile.
Não bastando isso, há alertas severos de tsunamis que podem atingir a costa hoje a tarde.

Visitamos o Chile há cerca de três anos e eu me encantei por ele. O clima, as ruas, as pessoas. Os prédios, as praças. Os vulcões, as montanhas, as paisagens. As casinhas coloridas de Valpo. Os moais que eu não cheguei a ver "pessoalmente" - exceto um que fica em Viña.

Estou realmente triste, com o coração na mão, como se metade da minha família morasse lá e eu tivesse que pegar o primeiro avião para ajudá-los.

Talvez o susto e a tristeza se devam ao fato de eu já ter conhecido e me encantado por aquele lugar, e me doer o coração de pensar que tudo pode estar abaixo agora. Que a senhorinha simpática do hotel onde ficamos possa ter se machucado. Que o garçon do outro hotel possa não ter mais uma casa para morar. Que o restaurante a meia luz onde jantamos várias vezes possa ter tantas rachaduras em suas paredes que não seja mais possível continuar aberto. Que os moais não mais existam.

Ou talvez esse sentimento me tome pelo fato de eu já ter ido pra lá e por que eu poderia estar lá novamente agora. Tínhamos planos de voltar. Já estávamos com saudades.

Espero que todos estejam bem e que todos consigam se salvar. Espero que as pessoas que eu conheci e gostei tanto não tenham sofrido nada ou o mínimo possível. E espero que eles consigam se reerguer logo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

calorZINHO

... enquanto isso, o Sr. Deabo ajusta a temperatura do ar condicionado de seu escritório no subsolo para suaves 17°C e, entediado que só, olha ao lado e também altera a temperatura da frigideira que fica alguns andares acima, no Térreo, para suaves 42°C - com sensação térmica de 57°C.

sábado, 30 de janeiro de 2010

run for your life!!

Esses dias estava pensando porque o tempo parece estar passando tão rápido.

E fiquei me perguntando se a minha profissão não contribuiria com isso. Projetos novos chegam todos os dias e enquanto uns estão se aproximando do fim, outros estão apenas começando. Temos que preparar e cuidar de todas as etapas, sempre correndo contra o tempo para que tudo termine da maneira mais perfeita possível.

Mas não é uma mera impressão que apenas eu tenho. Todas as pessoas, independente do que fazem para passar seus dias, concordam que o tempo parece estar voando e que "antes não era assim".

Será que é a tomada de consciência de que estamos ficando mais velhos e que todos aqueles sonhos que tínhamos na adolescência não estão - e talvez nem vão - se concretizar? Assim como eu cresci e estou mudando, as pessoas ao meu redor também cresceram e estão mudando, também estão abandonando sonhos e criando outros e mudando os planos de vida, adaptando-se à realidade que se apresenta diante dos seus olhos.

Talvez isso não seja uma coisa ruim, mas apenas a constatação de que nossa vida tomou um rumo diferente, que a realidade é outra - e não aquela cor de rosa sonhada na infância - e que certas coisas simplesmente não cabem mais por tais e tais motivos.

Agora é melhor, agora é de verdade. Agora só depende de cada um. Vai saber se aquilo que a gente queria ia realmente dar certo.
E é assim que tem que ser.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

tpm é...

... aquela vontade louca de esfregar com força a cara de alguém na parede chapiscada. I mean, qualquer um. I mean, até não sobrar mais cara.