sábado, 30 de janeiro de 2010

run for your life!!

Esses dias estava pensando porque o tempo parece estar passando tão rápido.

E fiquei me perguntando se a minha profissão não contribuiria com isso. Projetos novos chegam todos os dias e enquanto uns estão se aproximando do fim, outros estão apenas começando. Temos que preparar e cuidar de todas as etapas, sempre correndo contra o tempo para que tudo termine da maneira mais perfeita possível.

Mas não é uma mera impressão que apenas eu tenho. Todas as pessoas, independente do que fazem para passar seus dias, concordam que o tempo parece estar voando e que "antes não era assim".

Será que é a tomada de consciência de que estamos ficando mais velhos e que todos aqueles sonhos que tínhamos na adolescência não estão - e talvez nem vão - se concretizar? Assim como eu cresci e estou mudando, as pessoas ao meu redor também cresceram e estão mudando, também estão abandonando sonhos e criando outros e mudando os planos de vida, adaptando-se à realidade que se apresenta diante dos seus olhos.

Talvez isso não seja uma coisa ruim, mas apenas a constatação de que nossa vida tomou um rumo diferente, que a realidade é outra - e não aquela cor de rosa sonhada na infância - e que certas coisas simplesmente não cabem mais por tais e tais motivos.

Agora é melhor, agora é de verdade. Agora só depende de cada um. Vai saber se aquilo que a gente queria ia realmente dar certo.
E é assim que tem que ser.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

tpm é...

... aquela vontade louca de esfregar com força a cara de alguém na parede chapiscada. I mean, qualquer um. I mean, até não sobrar mais cara.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O fim

Meu hamster já é um senhorzinho. Se fosse humano, seria um daqueles velhinhos simpáticos a primeira vista, que andam com dificuldade com cara de paisagem. Teria uma bengalinha para auxiliar a caminhada e, cada vez que algum mocinho fosse tentar ajudá-lo a atravessar a rua, levaria um beliscão!
Pois ontem me assustei em perceber como ele já está velhinho e com dificuldade pra tudo. Ele gosta de dormir na parte de baixo da gaiola, no subsolo, digamos. Ontem percebi que ele estava meio largado no "térreo", perto da tigela com ração e da água. Coloquei o bebedouro perto de sua boca e ele avidamente sugou a água. Aí me dei conta: tentou chegar lá, não teve forças e parou no meio do caminho. Coloquei um pouco de comida perto dele e o ajudei a descer de volta ao subsolo. Virei as costas e comecei a ouvir um barulho: não é que o danado, mesmo não se aguentando em pé, resolveu roer a grade! Ele certamente saber que isso me deixa louca. É um velhinho safado...

De qualquer maneira, apesar de ser apenas uma pequena criaturinha, me levantou uma questão: porque é necessário passar pelo sofrimento antes da morte? Porque todos nós não temos uma morte suave, enquanto dormimos, sem dor nem dificuldades?

Depois de uma vida cheia de percalços - quem não os tem? - poderíamos, ao menos, ter um pouco de dignidade nesse derradeiro momento da nossa passagem pela Terra.
Em vez de ficarmos insanos, com atitudes infantis (como se regredíssemos com o passar do tempo), esquecidos de fatos banais, confusos, mal humorados, violentos, fracos.. poderíamos chegar lúcidos e com boa saúde até certa idade e puff.. morrer.
Morrer enquanto ainda somos nós mesmos, enquanto ainda somos capazes das coisas mais básicas, enquanto ainda somos independentes. E isso podia ser tão natural que ninguém ficaria triste, ninguém sentiria que arrancaram violentamente uma pessoa do seu convívio. As pessoas iriam entender que a jornada daquela pessoa simplesmente chegou ao fim, como devia ser.

Não entendo esse tesão de certos cientistas em querer prolongar a vida em sei lá quantos anos! As doenças ainda estão aí, achem a cura pra elas primeiro!

Eu não quero viver pra sempre. Eu quero viver com plena saúde até o dia que eu não tiver mais que passear por esse mundo.
Eu não tenho medo da morte, tenho medo de como estarei quando ela chegar.